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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Saco do Mamanguá


Entre Rio de Janeiro e São Paulo, um braço de mar surpreende avançando continente adentro por 8 quilômetros. Cercado por montanhas cobertas de Mata Atlântica, o Saco do Mamanguá, em Paraty, é o único lugar do Brasil com formação similar à dos fiordes - depressões geológicas comuns nos países escandinavos. Mesmo sem o branco sobre as montanhas, o nosso fiorde tropical não fica devendo em exotismo e beleza.

Apesar da proximidade com grandes centros, chegar até Mamanguá não é fácil. É preciso botar o pé na estrada, dirigir por um caminho de terra sem iluminação e ainda pegar um barco que navega manso pela imensa Baía de Ilha Grande. O sacrifício é pouco, se comparado à incrível paisagem de mar e montanhas, que engloba duas ilhas, 33 prainhas, dezenas de riachos e um manguezal. 

No Mamanguá, vivem tartarugas, peixes, cavalos marinhos e golfinhos. O grande destaque, porém, só pode ser visto à noite, na completa ausência de luz: os plânctons - minúsculos seres que compõem a base de nossa cadeia alimentar, se movimentam aleatoriamente e, quando agitados, brilham como vaga-lumes submersos, num espetáculo visto apenas em águas quentes de locais extremamente preservados.  

Tamanha integridade só existe graças ao esforço de ambientalistas e caiçaras em impedir a devastação. Jet-skis e barcos de alta velocidade não são bem-vindos, todo o lixo é reciclado e o Saco de Mamanguá não conta com energia elétrica. Ao cair da noite, são as velas e lampiões que se acendem para o jantar à beira-mar. 






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